História
O desenvolvimento da Zona Sul foi forçado pela chegada da corte portuguesa no século XIX, quando a população da cidade (capital na ocasião) passou de sessenta mil para quinhentos mil habitantes. A corte preferiu seguir rumo norte, em direção à Floresta da Tijuca, enquanto o corpo diplomático e os ingleses preferiram a Zona Sul, onde só havia vilas de pescadores.[2]
O loteamento de Ipanema começou após a fundação da Villa Ipanema em 1894 pelo conde de Ipanema. Apesar de Ipanema ter-se desenvolvido primeiro que o Leblon, as terras de Ipanema também pertenceram ao francês Charles Le Blond, que as vendeu a Francisco José Fialho, que por sua vez as vendeu ao conde de Ipanema em 1878.[2]
Interessado no loteamento da região, o conde de Ipanema configurou as praças Marechal Floriano Peixoto (atual Praça General Osório) e Coronel Valadares (atual Nossa Senhora da Paz), abriu a avenida Vieira Souto, as ruas Alberto de Campos, Farme de Amoedo, Prudente de Morais, Nascimento Silva, Montenegro (atual Vinícius de Moraes), Vinte de Novembro (avenida Visconde de Pirajá), Quatro de Dezembro (hoje Teixeira de Melo), Dezesseis de Novembro (Jangadeiros), Vinte e Oito de Agosto (Barão da Torre), entre outras.[3]
O período de maior adensamento do bairro se deu a partir dos anos 60, quando houve o avanço da especulação imobiliária sobre o bairro, substituindo casas por edifícios. Os preços dos imóveis disparam e Ipanema passa a ser um dos bairros mais caros do Rio de Janeiro. Sinônimo de vanguarda, nos anos 60 e 70, Ipanema é palco do Tropicalismo, da Bossa-Nova, do Pasquim, do Teatro de Ipanema, da tanga e do top-less.[4]
A partir dos anos 1990, passou a ser freqüentado pela comunidade homossexual de todo o Rio de Janeiro.[carece de fontes] Atualmente, conta com diversas atrações que buscam cativar este público, tanto na Praia de Ipanema quanto no bairro, como por exemplo na rua Farme de Amoedo.